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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Oi Jesus!

Ao meio dia, um pobre velho entrava no templo e, poucos minutos depois, saía.
Um dia, o sacristão perguntou-lhe o que vinha fazer,
pois havia objetos de valor no templo.

Venho orar, respondeu o velho.

Mas é estranho que você consiga orar tão depressa, disse o sacristão.

Bem, retrucou o velho, eu não sei recitar aquelas orações compridas.

Mas, diariamente, ao meio dia eu entro neste templo e só falo:
"Oi Jesus, é o Zé."
Em um minuto, já estou de saída.
É só uma oraçãozinha, mas tenho certeza que ele me ouve.

Alguns dias depois, o Zé sofreu um acidente e foi internado em um hospital.
Na enfermaria passou a exercer uma grande influência sobre todos.
Os doentes mais tristes se tornaram alegres,
e muitas pessoas arrasadas passaram a ser ouvidas.

Disse-lhe um dia a irmã:
os outros doentes falam que foi você quem mudou tudo aqui na enfermaria.
Eles dizem que você está sempre tão alegre...

É verdade irmã, estou sempre alegre.
É por causa daquela visita que recebo todos os dias, me trazendo felicidade.

A irmã ficou atônita, já notara que a cadeira
encostada na cama do Zé estava sempre vazia.
Ele era um velho solitário.

Que visita? A que horas?

Diariamente, ao meio dia, respondeu o Zé, com um brilho nos olhos.

Ele vem, fica ao pé da cama. Quando olho para ele, sorri e diz.

"OI ZÉ, É JESUS!"


Não importa o tamanho da oração,
mas sim a comunhão que através dela temos com Deus.

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